Adolescentes "pichadores" aprendem ao pintar escola
Neste sexta aconteceu a quinta ação de despiche realizada com pessoas flagradas em ato de pichação.
16/05/14 às 19:40 - Atualizado às 19:54 | Redação Bem Paraná
Na tarde desta sexta feira (16), 27 adolescentes, de 12 a 18 anos de idade, participaram de uma ação de despiche na Escola Municipal Ulisses Falcão Vieira, no bairro Campo Comprido. Os adolescentes foram encaminhados pela 49ª Vara Judicial de Adolescentes em Conflito com a Lei e, durante toda a tarde, participaram de palestras com os seus pais e pintaram a fachada da escola.
É a quinta ação de despiche realizada com pessoas flagradas em ato de pichação. A medida é uma punição socioeducativas e conta com o apoio do Ministério Público do Paraná, da Associação Comercial do Paraná (ACP), da Associação de Condomínio Garantidos do Brasil (ACGB), e das Secretarias Municipais de Defesa Social, Governo, Meio Ambiente, Trânsito, Cultura, Esporte Lazer e Juventude.
O coordenador do projeto da Secretaria da Defesa Social, Marcelo Bozza, conduziu a palestra para os pais, enquanto o grupo de adolescentes pintou metade de um dos principais prédios da escola, atingido pelas pichações. No próximo dia 30 de Maio, outra etapa da pintura será realizada para terminar a ação de despiche na escola.
“Essa é a primeira ação em uma escola municipal e é válida também para mostrar para as crianças que desrespeitar as leis traz sérias consequências”, disse Marcelo.
Ainda segundo Bozza, um Termo de Cooperação Técnica entre o Ministério Público, o Tribunal de Justiça e a Vara Judicial de Adolescentes em Conflito com a Lei está sendo elaborado para definir como serão as próximas ações para a reeducação e recuperação de adolescentes infratores.
São 50 adolescentes flagrados por mês pichando muros em Curitiba. A psicóloga Rosemary Oliva, da 49º Vara Judicial do Adolescente em Conflito com Lei, acompanhou a palestra com pais e adolescentes. Ela garante que a ação é necessária tanto para proteção quanto para a educação dos jovens. “Baseados no artigo 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente, damos este passo positivo para a sociedade. Como medida protetiva, temos de acompanhar e orientar esses essas famílias para garantir melhoras”, disse.
Para a diretora da escola, Anicir Ramiris Sanches, o cuidado e a fiscalização da sociedade é o que evitará futuras infrações na região. “Cuidamos muito da nossa escola há anos. Esta ação que acontece hoje sem dúvida é muito importante, mas toda a nossa comunidade precisa ajudar a continuar cuidando dela. Desde que constatamos a primeira pichação, mandamos um bilhete para cada pai pedindo ajuda deles. Hoje, esses adolescentes aqui reaprendendo valores, para mim é muito satisfatório”, disse Anicir.
Patrícia, de 40 anos, é operadora de máquina e mãe de Bruno, que tem 18 anos e participou da ação na escola. Para ela a ação é importante também para garantir direitos. “A multa é ele que irá pagar, desfazer o que foi feito para mim está certo. A prática é importante para eles, ainda mais quando estão pintando o que é nosso também, como num patrimônio público” disse à mãe que acompanhou toda a palestra.
É isso aí, adorei esta reportagem! O adolescente quando comete um erro deve corrigi-lo,isso sim é um ato educativo!
ResponderExcluirAcredito que este exemplo deva ser seguido em todos os lugares!